O adoecimento psíquico e emocional tem uma grande relação com o processo de silenciamento dos afetos. Para lidar com o que é difícil representar, a (o) sujeita(o) utiliza mecanismos para apagar ou silenciar seus afetos. A grande questão é que mesmo quando supostamente esquecidos ou reprimidos, esses afetos não desaparecem, ao invés disso, eles se manifestam de forma indireta, somatizando-se.
Você já pensou pra onde vão as palavras e sentidos que você engole?
Na psicanálise, entendemos que cada palavra engolida carrega um peso que precisa ser elaborado. É no acolhimento dos sentimentos, sejam eles agradáveis ou desafiadores, que encontramos a possibilidade de cura. Daniela Calaça reflete que viver plenamente requer dar voz ao que foi silenciado. Esse processo, além de terapêutico, é libertador, pois nos conecta com nossa verdade e nos permite ressignificar as experiências.
Viver plenamente implica estar em contato com a amplitude dos nossos sentimentos. Isso significa permitir-se sentir o que a vida traz, sem medo de encarar aquilo que pulsa dentro de nós. Afinal, é no acolhimento do que somos — e do que sentimos — que encontramos a possibilidade de cura e transformação.
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