Nossa jornada na vida é como um constante balé de mudanças, uma dança que muitas vezes nos pega de surpresa, virando nossos mundos de cabeça para baixo.
É nesses momentos de transformação que nos encontramos buscando segurança, tentando nos proteger contra a falta de controle que parece envolver nossa existência.
Passei por uma dessas grandes transformações que derrubam todas as nossas certezas: me tornei mãe. A maternidade nos desafia a enfrentar nossa própria vulnerabilidade e a necessidade de nos adaptarmos a novos papéis. Posso dizer também que a maternidade é uma surpresa, mesmo quando a planejamos, a sonhamos e a desejamos.
Ela se faz surpresa porque é impossível controlar tudo, porque é impossível se sentir totalmente segura de tudo novamente e, por conta disso, às vezes temos medo. Mas temos também um monte de outras coisas: risos e felicidades naquilo que nem imaginávamos.
A psicanálise nos oferece uma lente única para entender essa complexa coreografia da vida. Ela nos convida a mergulhar nas profundezas de nossa mente, explorando nossos medos, desejos e as camadas mais íntimas de nossa psique. É a partir desse olhar psicanalítico que podemos compreender como as mudanças impactam nossa jornada.
Enquanto dançamos nesse palco da vida, desafiamos a nós mesmos a encarar o desconhecido com coragem, a aceitar que o controle é uma ilusão e a abraçar as mudanças como oportunidades de crescimento e autodescoberta.
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